quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

RIO DE JANEIRO REALIZA O III ENCONTRO NACIONAL MULHERES DE AXÉ

fonte: rede afrobrasileira/DF
Nos dias 09 e 10 de março, a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde vai realizar no Rio de Janeiro, o III Encontro Nacional Mulheres de Axé.


O encontro tem como objetivos: 
- contribuir para o fortalecimento do ativismo das mulheres de terreiros e para a ampliação da participação das mulheres nos espaços de defesa dos direitos e controle social de politicas públicas,
- qualificar as informações sobre direitos sexuais e reprodutivos, 
- estimular o desenvolvimento de ações de promoção dos direitos e da autonomia das mulheres.


Para fazer sua inscrição basta clicar emhttp://www.formfacil.com/redereligioesafro/mulheresdeaxe

Informações no semireligafro2007@yahoo.com.br

CURSO PREPARATÓRIO PÓS AFIRMATIVAS


O Curso Pós Afirmativas tem por objetivo preparar potenciais candidatos(as) negros(as) aos processos seletivos de Programas de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado Acadêmico) das universidades brasileiras, especialmente da Universidade de Brasília. Trata-se de um curso preparatório para tais seleções apoiado pela Reitoria da Universidade de Brasília, recebendo financiamento da Fundação Ford e da Fundação Carlos Chagas. 


Mais informações em anexo e no site www.posafirmativas.com.br

IV Oficinas GÊNERO E RAÇA





DATA: 04 e 05/02/2012
LOCAL: Auditório da 2ª Regional de Saúde. Rua Barão do Rio Branco, 465, 2º andar (entrada pela André de Barros), Curitiba – PR.


PROGRAMAÇÃO PRELIMINAR:


Dia 04/02:
- 08h30min: Abertura


- 09:00 - Oficina “Indicadores Sociais de Saúde – Especificidades de Gênero e Raça” – Sueli Coutinho – UBM/PR


- 10:30 - Oficina “Atenção à Saúde da População Negra no Paraná” – Lucimar Pasin de Godoy – SPP/SESA


- 13:30 - Oficina “Auto-estima e Superação” - Terezinha Cândida Gonçalves Lopes - Cornélio Procópio - PR


- 16:00 - Lançamento: Cartilha do Projeto “Mulheres da Prevenção”. Apresentação Banda Setembrina e Coquetel.


- 17:30 - Assembléia Ordinária da Rede Mulheres Negras - PR


Dia 05/02:
- 09:00 - Oficina “Educação e Raça” – Elizangela da Silva Ribas Rosa. Pedagoga, compõe o Fórum pela Educação e Diversidade de Pinhais, é gestora na Rede Municipal de Ensino de Curitiba, Pedagoga na Rede Estadual de Ensino, Mãe e esposa.


- 10:30 - Oficina “A Deusa Interior” – Nazaré Nery – ASSEMPA


- 11:30 - Encerramento


Inscrição gratuita, vagas limitadas. Serão emitidos certificados.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

PARCERIA ENTRE COORDENAÇÃO DST/AIDS/SESA E COMUNIDADES DE TERREIRO IRÁ IMPLANTAR AÇÕES EM COMBATE ÀS DOENÇAS

A coordenação de DST/AIDS/SESA reuniu-se no dia 01 de fevereiro (quarta-feira) com representantes da Rede Puxirão de Povos Tradicionais para apresentar proposta de ação conjunta na prevenção de DST/AIDS dentro das comunidades tradicionais do Paraná.

O Ogan Romulo Barroso explica que o motivo do projeto foi baseado no sucesso da parceria feita com o Fórum Paranaense das Religiões de Matriz Africana. Há dois anos discute a prática de prevenção dentro dos terreiros apoiada pela coordenação de DST/AIDS.

Segundo o Ogan, a proposta prevê um encontro de formação de multiplicadores de cada segmento de povos tradicionais. E ainda planejamento de ações efetivas dentro de cada comunidade, respeitando as diferenças étnicas e culturais “Desta forma construiremos modelos personalizados de metodologias de prevenção para as doenças”, conta.

Durante o encontro foi destacado que cada povo ou comunidade sairá do encontro com um kit de prevenção e um projeto desenvolvido para cada realidade, bem como, apoio técnico e financeiro da SESA no desenvolvimento dos projetos  “Desta forma, será garantido o resultado esperado que é a prevenção efetiva dentro de outras realidades sócio culturais” diz .

Foi formado um grupo de trabalho para escrever o projeto da proposta. Dentre os responsáveis estão técnicos do SESA, Rômulo, representante dos povos de terreiro, Amatino, representante Faixinalense, os índios Jovina e Marcio “Este projeto será apresentado na reunião da rede puxirão, que ocorrerá em 29 de fevereiro em Gaurapuava, para escutar as comunidades envolvidas e coletar melhorias ou sugestões”, diz.



REPRESENTANTES DE COMUNIDADES TRADICIONAIS, GESTORES E TÉCNICOS PARTICIPAM DE REUNIÃO PARA CRIAÇÃO DE CONSELHO

foto Romulo Barroso

A Secretaria Especial de Relações com a Comunidade – SERC, em parceria com a Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, realizou  reunião Técnica dos Povos e Comunidades Tradicionais – PCT, ontem (01/02), no auditório Mário Lobo, Palácio das Araucárias, no município de Curitiba. O objetivo foi dar encaminhamento ao ante-projeto de lei e discutir propostas que visem a criação do Conselho dos Povos e Comunidades Tradicionais.

O Ogan Romulo Barroso informou que a  Rede Puxirão deverá articular um encontro dos povos tradicionais para realização de uma assembleia. Nessa ocasião será indicado os representantes dos povos. “Ressalto que a indicação dos povos de terreiro já saiu em assembleia geral no domingo (29/01). Sendo, Marins Marins, como titular e eu como suplente”, diz.

O conselho deverá ser composto de  integrantes -  dos povos tradicionais e  do governo. O primeiro mandato terá duração de um ano e deverá ser presidido por um representante governo. O conselho terá um ano pra convocar e organizar uma conferencia que vai eleger outros representantes dos povos tradicionais para mandato e gestão do conselho. Existe a intenção do governo do Estado que o conselho seja criado ate no máximo no mês de junho, por conta da lei eleitoral.

Os órgãos governamentais federais não terão cadeira no conselho, mas serão convocados para participar, haja vista, sua importância na definição de assuntos que afetam diretamente as comunidades tradicionais e que o Estado não tem competência legal para atuar, como questão fundiária - Incra, índios - Funai, entre outros.

Confira mais detalhes:
1.     O conselho será paritário e composto por 18 ou  membros, 9 das comunidades tracionais e 9 do Governo, 
2.     Que será da SEJU a responsabilidade organizativa e financeira do conselho,
3.     Que o primeiro mandato do Conselho terá por ação principal organizar e convocar uma conferencia estadual, no prazo de 01 ano para que seja eleita um conselho de forma democrática e participativa
4.     Que a composição do Conselho transitório será feita por nomeação do governo do estado quando da criação do Conselho e que o mesmo terá um mandato de um ano e os membros dos povos tradicionais no primeiro conselho serão indicados pelas comunidades e povos tradicionais do Paraná em encontro a ser realizado  pela Rede Puxirão, onde cada povo e/ou comunidade vai indicar seus representantes e que esta indicação deve constar em Ata que será apresentada à SEJU para a nomeaçãos dos mesmos quando da criação do conselho.
5.     Que a todos tem o entendimento da urgência no trâmite do projeto por conta do ano eleitoral que se aproxima e que impede algumas medidas de governo, no que o Secretário Wilson Quinteiro se comprometeu em fazer todo o possivel pra encaminhar.

REUNIÃO TÉCNICA DOS POVOS E COMUNIDADES DE TERREIRO

A Secretaria Especial de Relações com a Comunidade – SERC, em parceria com a Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, convida para Reunião Técnica dos Povos e Comunidades Tradicionais – PCT, que acontecerá no dia 01/02/2012, no auditório Mário Lobo, Palácio das Araucárias, no município de Curitiba, das 9h às 14h, com a finalidade de dar encaminhamento ao ante-projeto de lei e discutir propostas que visem a criação do Conselho dos Povos e Comunidades Tradicionais.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

ENCONTRO PROPÕE DIALOGO ENTRE PODER PÚBLICO E COMUNIDADE DE TERREIRO EM CURITIBA

Caminhada nas ruas de Curitiba protesta contra a intolerância religiosa sob as religiões de matriz africana

De 26 a 29 de janeiro Curitiba ocorreu o II Encontro Paranaense das Religiões de Matrizes Africanas e Saúde, com o tema “Enfrentando as Vulnerabilidades” O objetivo do encontro foi integrar gestores públicos com líderes das comunidades de terreiro, representantes de movimentos sociais e sociedade civil possibilitando identificar as necessidades pontuais dessa população fomentando a construção de políticas públicas que atendam suas demandas.

O encontro teve caráter nacional com representantes de vários Estados como Ceará, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Minais Gerais, Mato Grosso do Sul, Bahia entre outros. 

O coordenador do Fórum Paranaense de Religião de Matriz Africana  – FPRMA-PR Marcio Marins afirmou que a presença dos gestores públicos municipais, do Governo Estadual e do Governo Federal fortalece a discussão com os povos de terreiro conhecendo suas necessidades e permite uma expectativa de resultado efetivo.

Lançamento Campanha
Durante o encontro ocorreu o lançamento da campanha com o tema” Democracia, paz, religião, respeite”, que tem como foco reconhecer as diferenças, superar a intolerância e promover a diversidade.  A coordenadora do Comitê Nacional da Diversidade Religiosa Marga Store da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República apresentou a proposta da campanha lançada pelo governo federal. O material está divulgando, o membro do Comitê Marcio Marins propôs que além do público em geral, a campanha seja direcionada aos gestores públicos na redes de educação e saúde. A proposta foi acatada “A partir disso, decidimos fazer capacitação para os profissionais, pois não basta a entrega do material é preciso criar e fortalecer a conscientização sobre os crimes de intolerância”, diz Marga.


 A abertura contou com a presença do representante do Ministro da Saúde Alexandre Padilha,  Rui Leandro da Silva, da representante da  Ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República Maria do Rosário Nunes, Marga Store, representante da Ministra da Secretaria de Políticas para Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR, Luiza Bairros, Nilo Nogueira,  Elisete Maria Ribeiro do Coordenação Estadual de DST/AIDS do Paraná representante do Secretario de Estado da Saúde Michele Caputo, Liliane Becker representante da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba , representante da Umbanda mãe Tania, da Sociedade Afro-brasileira Caiaque Pena Branca, representante de Candomblé Babalorixá Jorge Kibanazambi do Ilê Axé Aira Kiniba.

Importância das Conferências

Para o representante do Ministério da Saúde Rui Leandro, encontros como esse impulsionam as ações governamentais. Ele cita a realização das conferências  como instrumento de relação entre governo e sociedade civil organizada “Tivemos em 2011 a realização da 14ª conferência nacional de saúde. Nós que somos da área, sabemos dos avanços na construção de políticas que vem ocorrendo a partir desses encontros”, diz. Foram 4400 encontros municipais e  27 Estaduais. O assessor destaca que um dos resultados importantes foi a inclusão na Carta Política da Sociedade Brasileira da implantação da Política Nacional de Saúde da População Negra.

Mapa da Intolerância identifica situações críticas

Durante o encontro  o coordenador do  Coletivo de Entidades Negras – CEN Marcio Alexandre Gualberto fez a última apresentação do Mapa da Intolerância Religiosa lançado em maio de 2011. A ação visa identificar as principais ocorrências de intolerância no Brasil.  O mapa será lançado anualmente. Como resultado é possível identificar as situações críticas que sofre a população de terreiro. O CEN articulou a proposta e contou com a colaboração de várias terreiros e entidades.

 As situações levantadas não se refere apenas à comunidade de terreiro.  “Ampliamos o foco para demostrar as situações de intolerância nos últimos 10 anos. Identificamos casos emblemáticos como  situações vivenciadas por adeptos de várias religiões”, diz

O coordenador cita o exemplo de um sacerdote da religião mulçulmana. Após o ataque na Escola de Realengo no Rio de Janeiro, ele passou a sofreu perseguição e ameaças nos ônibus e metrô do Rio de Janeiro “Ele veste uma roupa característica da religião e carrega consigo uma maleta prata constantemente. Quando houve o ataque de Realengo a mídia mostrava intensamente a imagem do assassino de barba, vinculando aos árabes. Isso bastou para excitar a intolerância, causando situações de revolta pelo simples fato do sacerdote tem uma aparência semelhante ao criminoso”, conta.

O coordenador cita ainda o caso mais famoso de intolerância na religião de matriz africana, que foi a morte por infarto de mãe Gilda da Bahia. Ela teve uma foto sua publicada no jornal da Igreja Universal , cuja manchete enfocava que ela fazia parte de mães e pais de santo charlatões que tiravam dinheiro da população. Mãe Gilda já havia sofrido um ataque em seu terreiro anterior a essa situação. Quando se deparou com sua imagem no jornal, não resistiu e teve um ataque fulminante.

Proposta de soluções
Pai Jorge e Ogan Luiz
Marcio Alexandre destacou ainda, que a proposta agora é apresentar soluções para o combate da intolerância a partir dessa identificação. Uma delas seria a realização de conferência nacional, estadual e municipal debatendo junto, poder público e sociedade, além de contar com a presença de adeptos das religiões que discriminam o povo de terreiro. Outra proposta é a capacitação dos agentes públicos e ainda a intensificação do trabalho com a lei 10.639/2003 que trata do ensino da história da África e cultura afro-brasileira nas escolas. Outro ponto apresentado seria a implantação das Delegacias de Combate a Intolerância Religiosa, que já existe no Rio de Janeiro. E a criação de um centro de combate à intolerância junto as Secretarias Estaduais de Direito Humanos.
Próximas discussões

O encontro finalizou domingo (29).  No sábado das 10h às 12h houve uma caminhada contra intolerância religiosa. O povo de santo saiu às ruas de Curitiba no percurso da Rua João Negrão até o Calçadão da Rua XV de Novembro mostrando sua arte e sua fé.

Para o presidente da Associação de Ogans Carlos Augusto a ação cumpriu seu objetivo “A proposta foi chamar a atenção da população para a realidade de discriminação e intolerância que sofre a população de terreiro  constantemente. Ações como esta nos fortalece e faz com que as pessoas nos percebam. A origem do preconceito é sem dúvida a falta de conhecimento do que é a região de matriz africana”. diz.